A sudorese excessiva ou hiperhidrose consiste na produção excessiva de suor, decorrente de hiperatividade das glândulas sudoríparas. É independente dos processos de regulação da temperatura corporal. Normalmente é acentuada pela ansiedade ou estresse.
A hiperhidrose pode ser decorrente de algumas doenças, como alterações hormonais, e do uso de alguns tipos de medicações. Mas, na maior parte dos casos, ela é primária, ou seja, não é causada por uma doença de base. A hiperhidrose pode ser generalizada, aquela que acomete o corpo todo e pode ser focal ou localizada, que ocorre preferencialmente em locais como axilas, mãos e pés.
A sudorese excessiva pode prejudicar a qualidade de vida das pessoas afetadas, podendo levar a desconforto físico e comprometimento das atividades pessoais e profissionais.
É importante a avaliação médica, para a correta identificação da doença e introdução do tratamento adequado. O tratamento pode ser cirúrgico e não cirúrgico. As medidas não cirúrgicas incluem o uso de antitranspirantes, medicações orais e aplicação de toxina botulínica.
O uso da toxina botulínica é uma opção para quem sofre deste distúrbio, não quer enfrentar uma cirurgia e tem o suor localizado. O efeito da toxina é percebido nos dias que seguem a injeção. A redução do suor pode chegar a 99,4% no primeiro mês, e os efeitos podem durar até 1 ano ou mais (em média 8 meses). É um procedimento médico, que pode ser realizado em consultório, sem necessidade de internação. Geralmente utiliza-se anestesia tópica (em creme).
Não há cuidados especiais após o uso da toxina, recomenda-se evitar ambientes muito quentes e a prática de exercícios físicos nas primeiras 48 horas. Os efeitos colaterais são raros e transitórios, relacionados principalmente hematomas, dores locais leves, vermelhidão local, dependendo da área tratada.